Eu estava passando, de ônibus, pela rua Sales de Oliveira, aqui em Campinas. Então vi um pessoal comentando que tinha um gato atropelado. Falei "nem quero ver". Mas virei pra trás e acabei vendo. Um gatinho branco com manchas cinzas escuras. Na hora que o vi, ele estava de barriga pra cima, mas ai virou pro lado e correu pra cima de um muro na calçada. Mas acabou caindo. Eu percebi que ele estava bem machucado e vi que ele ia morrer. Pensei "não posso abandona-lo, preciso leva-lo ao veterinário". Eu já não estava mais no ônibus (não sei como saí dele). Corri até o gatinho, que nem relutou tanto quando fui pega-lo e desesperadamente falei pra minha mãe (que estava naquele momento comigo) ligar para meu pai, pra ele nos pegar e nos levar pro veterinário.
Eu estava desesperada, chorando, fazendo carinho no gato e ele colocando as patinhas no meu braço.
Eu vi o fiesta do meu pai chegando, entramos no carro e fomos para uma casa que nosso era nossa, mas a gente não morava lá, porém meu pai tinha que falar com um corretor de imóveis. Ele estava ligando pra cancelar a visita, porém avistei o homem chegando e comecei a berrar, falando pro meu pai deixar esse homem lá e pra irmos ao veterinário urgentemente.
Esse corretor vestia uma camiseta bege, calça jeans, era loiro, com uns 40 anos e carregava uma pasta. Ele ficou tirando sarro pelo fato de eu ter resgatado o gato atropelado e eu o xinguei muito.
Tinha uma senhora que passava pelo local e também tirou sarro - e também levou xingo.
Percebi que o gatinho estava ficando pior e forcei minha mãe dirigir o carro e nos levar pro veterinário, deixando meu pai na casa com o corretor. Chegamos no centro, pois não sabíamos onde era o veterinário e entramos num prédio, olhei pro gato e ele estava quase durinho, chorei e passei a mão na testa dele, ele piscou e balançou o rabo. Fiquei um pouco mais aliviada, mas sabia que restava pouco tempo pra ele. Pedia pra que me levassem pro veterinário Luciano (que é o que atende meu cachorro). Subi os andares do prédio (que ficava no centro, mas não sei que prédio é) e quando cheguei no último o gato havia morrido. Estava com uma cobertinha enrolada no corpo com a cabeça de fora, durinho. Triste. Chorei muito, revoltada. O beijei e desci as escadas chorando muito, uma hora me olhei no espelho, e me vi chorando.
Fiquei mal vários dias, ainda mais quando descobri que o cara do cemitério de animal disse "ele já quer ser enterrado rápido, esse coitado" e jogou o gato numa vala. Eu não vi, mas me contaram que foi assim.
não é rico de detalhes...é rico EM detalhes.
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